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segunda-feira, julho 19, 2010

02:37

" As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. 
para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. Mas todas 
essas estrelas se calam. 
Tu, porém, terás estrelas como ninguém...

- Que queres dizer?


Quando olhares o céu de noite, porque habitarei uma delas, porque numa delas estarei rindo, então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem rir!
E quando te houveres consolado (a gente sempre se consola), 
tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo.
Terás vontade de rir comigo. 
E abrirás às vezes a janela à toa, por gosto...
E teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Tu explicarás então:  "Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!" 
E eles te julgarão maluco. Será uma peça que te prego...
(...)


- Será bonito, sabes? Eu também olharei as estrelas. 
Todas as estrelas serão poços com uma roldana enferrujada. 
Todas as estrelas me darão de beber...


Eu me calava.


- Será tão divertido! Tu terás quinhentos milhões de guizos, 
eu terei quinhentos milhões de fontes... "


(página 26.)










SEM DÚVIDAS - se não a melhor - uma das melhores coisas que eu já li na minha vida!
O pequeno Príncipe, de ANTOINE DE SAINT.








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